LUXAÇÃO DA PATELA

Patela, também conhecida popularmente como rótula, é um osso de formato triangular que fica na frente do joelho. Sua função é favorecer o movimento de flexo-extensão do membro e proteger as estruturas internas do joelho.

A luxação da patela acontece quando há o deslocamento da rótula (patela), normalmente para o lado de fora do joelho. Frequentemente ocorre após pequenas torções do joelho ou trauma que leva ao rompimento do ligamento patelofemoral. Pacientes com luxação da patela costumam apresentar uma anatomia óssea que favorece esta luxação.

Quais são os sintomas?

Dor incômoda de grau intenso, inchaço e até mesmo presença de sangue na parte interna da articulação são sintomas comuns da luxação da patela, assim como a dificuldade para andar e desconforto intenso.

A dor ocorre por conta do trauma direto do osso da patela com o fêmur, podendo resultar em microfraturas. Além da lesão ligamentar resultante do deslocamento.

É comum o paciente sentir-se inseguro em realizar atividades simples do dia a dia, por conta da instabilidade que a luxação causa.

Quais as causas?

Há pacientes que possuem características que predispõem a luxações, como a “patela alta”. Ela é uma das principais causas de luxação da articulação fêmoro-patelar (entre a patela e o fêmur), já que permite que a patela tenha uma maior mobilidade acima da tróclea, que controla o curso da patela. É muito frequente nas mulheres jovens.

Depois da primeira luxação, é comum que os estabilizadores mediais da patela se tornem mais frágeis, o que pode aumentar a predisposição a novos episódios. Pacientes que apresentam fatores de predisposição para luxações podem luxar a patela em traumas leves e têm chances maiores de apresentar novos episódios de luxação.

Como evolui a luxação da patela?

Após o primeiro episódio de luxação, é grande a possibilidade dela se tornar recorrente. E quanto mais suscetível a patela fica a novos episódios de luxação, mais o paciente ficará exposto a outros tipos de lesões, como fraturas.

Tratamento

Para grande maioria dos casos de luxação, o tratamento a ser aplicado é o conservador, com objetivo de recolocar a patela em seu lugar, aliviar a dor e o inchaço no local da lesão. Com isso, fica mais fácil recuperar a estabilidade e a confiança para a marcha, além de permitir a cicatrização dos ligamentos estabilizadores da patela, fator importante para a recuperação total da luxação.

A imobilização temporária da área afetada pode se fazer necessária para facilitar o tratamento. Essa parte inclui a manutenção da perna esticada e a proteção do joelho lesionado com um imobilizador e uma muleta, quando necessário.

De modo geral, o tratamento costuma responder com alta taxa de eficácia, o que permite ao paciente voltar a ter um joelho saudável, estável, condição que favorece a volta à prática de atividades normais do cotidiano, incluindo a de esportes.

Como prevenir?

A prevenção da luxação da patela consiste em hábitos que favorecem o fortalecimento do joelho e da musculatura que o envolve de forma completa.

Pacientes de risco, ou seja, com histórico de lesões no joelho, devem ficar mais atentos e manter atividades de alongamentos e fortalecimentos da região.