LESÃO DO LIGAMENTO COLATERAL MEDIAL (LCM)

Os ligamentos dos joelhos são responsáveis por unir as extremidades dos ossos do fêmur, tíbia e patela, auxiliando nos movimentos e mantendo a estabilidade articular. São como fitas de tecidos fibrosos que garantem o movimento correto das articulações. Os joelhos possuem vários desses ligamentos como o patelar, os cruzados anterior e posterior, colaterais lateral e medial, além de diversos outros. Eles auxiliam nos movimentos de extensão, flexão e rotação.

O ligamento colateral medial (LCM) está localizado na parte interna dos joelhos, fazendo a união entre a extremidade distal do fêmur e a extremidade proximal da tíbia. Ele é responsável principalmente pela estabilidade em valgo, nome dado ao movimento de angulação do joelho para dentro (medial).

Apesar do LCM funcionar como uma proteção das articulações, é comum ocorrerem lesões neste ligamento, principalmente na prática de esportes de contato, como futebol, basquete, handball dentre outros. A lesão acontece quando há uma carga na parte lateral do joelho com o pé apoiado no chão, forçando o joelho para dentro, resultando em valgo acentuado, suficiente para vencer a resistência do ligamento.

As lesões do LCM de grau 1 ocorrem quando há a distensão do ligamento sem afetar sua estrutura. São as mais comuns e ocorrem geralmente por entorse. Nas lesões de grau 2, acontece a ruptura parcial das fibras do ligamento. Além da dor mais acentuada, o paciente pode sentir a instabilidade no joelho. Já nas lesões de grau 3 há o rompimento total do ligamento, os movimentos ficam comprometidos devido a dor importante e sensação de instabilidade mais evidente. Nestes casos, é comum lesões associadas como menisco ou outros ligamentos e haver necessidade de intervenção cirúrgica.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da lesão do LCM é realizado pelo médico ortopedista no exame clínico e com o auxílio de exames complementares de imagem, como ultrassom e ressonância magnética do joelho. Assim o profissional definirá o melhor tratamento que pode incluir compressas, medicação, uso de órteses, sessões de fisioterapia ou até mesmo cirurgia. A recuperação varia de 2 a 12 semanas, dependendo da gravidade da lesão e normalmente os resultados são muito bons com retorno completo às atividades.